Absurdo

Mãe e filhas resgatadas em condições similares à escravidão no Rio

Mulheres trabalhavam em troca de comida

A mãe, que é analfabeta, e suas duas filhas trabalhavam de segunda a segunda no sítio
A mãe, que é analfabeta, e suas duas filhas trabalhavam de segunda a segunda no sítio |  Foto: Reprodução

Um dramático caso de exploração e condições precárias veio à tona em Araruama, na Região dos Lagos, onde uma mãe e suas duas filhas foram resgatadas após três anos de trabalho em um sítio em condições análogas à escravidão. A denúncia, investigada por auditores-fiscais do Trabalho da Superintendência Regional do Trabalho no Rio de Janeiro, revelou uma situação difícil para a família.

A mãe, que é analfabeta, e suas duas filhas trabalhavam de segunda a segunda no sítio, realizando diversas atividades, como o cuidado do terreno, roçado da propriedade e a responsabilidade de cuidar de animais. O trabalho árduo não era compensado com salário, sendo trocado apenas por alimentos essenciais para a sobrevivência da família.

Durante a operação, auditores-fiscais constataram que uma das filhas, uma adolescente, havia perdido parte de um dos dedos ao manusear uma máquina. Mesmo após ser levada ao hospital pelo empregador, ela retornou ao trabalho após apenas dois dias, alegando sequelas e dificuldades motoras.

O coordenador do combate ao trabalho infantil na Superintendência do Trabalho, Eugênio Santana, ressaltou a importância da participação da sociedade na identificação e denúncia dessas situações. A família agora contará com o apoio necessário para sua reintegração à sociedade e para superar os impactos físicos e psicológicos causados por essa experiência difícil.

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